O secretário do Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Adnan Demachki, apresentou, nesta quinta-feira (1º/09), a palestra “O Planejamento Estratégico do Estado do Pará – Pará 2030”, na abertura do 101º Fórum Nacional de Secretários de Estado de Administração. Promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), o encontro tem o apoio institucional do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Administração (Sead) e prossegue até esta sexta-feira (2/09), no Atrium Quinta de Pedras Hotel Belém.
O titular da Sedeme fez um apanhado geral sobre aspectos geográficos, econômicos, industriais e sociais do Estado aos membros do Consad presentes no fórum, como compartilhamento de experiências exitosas de gestão que contribuem para o desenvolvimento e que sirvam de experiência para outros estados.
Na oportunidade, gestores de todo o Brasil puderem conhecer melhor o plano de desenvolvimento econômico do Pará para os próximos 15 anos, batizado de Pará 2030. De acordo com Adnan Demachki, a grande motivação para que a equipe de governo parasse e investisse na elaboração do Pará 2030 foi a percepção de que o modelo de desenvolvimento adotado, não só no Estado, mas na Amazônia como um todo, não deu certo.
Como prova disso, ele citou o ranking dos Produtos Internos Brutos (PIBs) dos Estados, na década de 1940, o Pará era o 8ª colocado nesse ranking, mas hoje ocupa apenas a 20ª colocação.“Isso nos mostra que algo deu errado no meio desse caminho. Quantas toneladas de minério saíram de nosso Estado, quantas toras de madeira ou litros de água passaram por turbinas para geração de energia. Agora, eu pergunto, o que isso gerou de riqueza para a nossa população? É preciso encontrar uma saída, que faça com que as nossas diversidades sejam usadas para reduzir as desigualdades”, observou.
O secretário afirmou que a alternativa a esse modelo de desenvolvimento antigo é o investimento cada vez maior na verticalização das cadeias produtivas. “Se vocês me perguntassem hoje qual a síntese do Pará 2030, eu diria que é crescer níveis de produção de forma verticalizada, ancorado na sustentabilidade”, resumiu.
Para Demachki, é preciso abandonar, de forma gradual e constante, o puro e simples extrativismo e investir em produtos com maior valor agregado. “Hoje a nossa indústria chega a ser 81% puramente extrativa, sem agregação de valor. Queremos, nos próximos 15 anos, resultados diferentes: que a grande maioria de nossa indústria seja altamente verticalizada e com forte valor agregado. Essa é a base de nosso plano de gestão econômica”, garantiu o secretário.
Definido como um plano de Estado para os próximos 15 anos, o “Pará 2030” visa desenvolver e transformar o Estado em um espaço atrativo para novos investimentos, principalmente os oriundos da iniciativa privada, garantindo maior agregação de valor à produção, e também estimular processos que garantam incremento do turismo e da consolidação da “marca” Amazônia.
Serviço: 101º Fórum Nacional de Secretários de Estado da Administração, dias 1º e 2 de setembro, no Atrium Quinta de Pedras Hotel Belém, até às 12.
Assessoria de Imprensa Sead/PA