Os trabalhadores, que possuem menos de 50 anos, e hoje estão na ativa serão diretamente atingidos pela reforma da Previdência Social que o governo está preparando e deve ser enviada ao Congresso nos próximos meses. Preocupado com as mudanças, na última quarta-feira (21/09), o Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad) retomou as reuniões do grupo de trabalho criado para ampliar estudo sobre o assunto. Entre as alterações, o texto prevê o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, tanto para homens como para mulheres.
A reunião contou com a presença do diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público do Ministério da Previdência Social, Narlon Gutierre Nogueira, e de representantes de Alagoas, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal. O debate foi conduzido pelo diretor presidente do Instituto de Previdência do Servidor do Distrito Federal, Adler Anaximandro de Cruz e Alves.
Adler ressaltou que a discussão já foi iniciada pelo Consad, Consórcio Nacional de Secretarias de Fazenda (Consefaz) e Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social (Conaprev). “A ideia é redigir um documento e aglutinar todas as propostas para ser enviado em nome das três entidades”, ressaltou Adler.
Para o governo federal, as mudanças serão inevitáveis para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o regime que banca as aposentadorias de servidores e militares não tomem o caminho da falência. O déficit da previdência da União era de R$ 1,2 trilhão em 2014. De estados e municípios atingia R$ 2,8 trilhões. A expectativa é de que o governo envie a proposta de reforma da Previdência ao legislativo ainda este ano.