Texto e Foto de Sheila Souza
O 1° Encontro do Grupo de Trabalho de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas ocorreu nos dias 28 e 29 de agosto, na ENAP, Campus Jardim, em Brasília. Durante o evento foram pactuados encaminhamentos e pensadas soluções para a atual conjuntura do serviço público no País.
A formação do GT foi definida a partir do Plano de Trabalho do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (CONSAD). Na oportunidade, cada uma das secretarias designou um representante para atuar na identificação e articulação de propostas. O evento foi direcionado pela Fundação Lemann.
O espaço coletivo foi palco do compartilhamento de experiências exitosas nos estados. Na avaliação da gerente da Fundação Lemann, Cristieni Castilhos, o arcabouço técnico de países que já pensam a Gestão Estratégica de Pessoas há muito tempo, como: Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, existe algo em comum – todos eles contam com uma Unidade Central de Gestão de Pessoas, o que auxilia no tratamento, organização e divulgação dessas práticas com foco na integração e gestão por competências. “Percebemos que tudo é pensado em conjunto com a gestão e soluções surgem com a participação de todos”, contou.
Como panorama geral, levantaram-se desafios como a organização da matriz de qualificação, incentivos financeiros, avaliação de desempenho e a formulação constante de boas práticas.
O professor Francisco Gaetani fez uma intervenção via Skype. “A narrativa de Gestão de Pessoas deve envolver a contratualização dos resultados, o enfrentamento dos desafios presentes e o desenho de futuros possíveis.” Para ele, é urgente a busca por uma linguagem comum no serviço público, levando-se em consideração, a revolução digital, sobretudo, no que diz respeito à gestão da comunicação no governo”.
O segundo momento foi marcado pela escuta qualificada sobre temas e apresentação dos subgrupos com cases estaduais. A doutora em Política Social, Kiomi Mori, ressaltou a importância da gestão de pessoas para a administração. “O foco da Gestão de Pessoas, muitas vezes, aparece no imaginário como sendo apenas o pagamento de folha. E ela vai muito, além disso. Precisamos do olhar de especialistas, mas também da ação da gestão mais de perto. O trato com pessoas requer a eficiência de ferramentas e processos, a correção de erros de maneira ágil e aprendizagem constante”, explicou.
A proposta do GT é articular especialistas da união federal, organismos internacionais, e a academia, tornando-as mais próximas dos governos estaduais. Conforme o coordenador do G e representante da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas (Seplag), Sérgio Figuerêdo, o encontro foi fundamental para estreitar laços e potencializar as relações. “Esse GT é muito importante para a evolução de todas as carreiras. É também uma oportunidade de Levar essas experiências e boas práticas para os demais estados, pensar a gestão de maneira mais estratégica e definida pelos nossos governantes”.