Durante três dias, pesquisadores apresentarão 156 trabalhos sobre modernização na Gestão Pública.
Por Charlotte Vilela
O VII Congresso Consad de Gestão Pública atraiu cerca de duas mil pessoas ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães no primeiro dia de evento. “Ano de Copa do Mundo e Eleições Gerais. A política, afinal, é irmã siamesa da gestão pública. E 2014 será efervescente”, afirmou o presidente do Consad, Eduardo Diogo, em sua fala de boas-vindas durante a solenidade de abertura no auditório Master. Citou destaques da programação, como as 52 sessões de painéis com 156 trabalhos, mesas redondas e demais detalhes do evento voltado para servidores públicos, acadêmicos, políticos e gestores de todos os poderes dos três níveis da administração pública.
Sobre o tema proposto pelo congresso, Diogo disse que a “gestão sustentável garante igualdade de oportunidade, pois liberta, e rejeita a igualdade de resultados, pois aprisiona. E a dignidade é valor fundante da gestão pública”, disse Diogo, anfitrião do evento ao lado de Wilmar Lacerda, secretário de Estado da Administração Pública do Distrito Federal e vice-presidente do Consad.
Na composição da mesa da solenidade de abertura, além de Diogo e Lacerda, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ex-ministro da Administração Federal e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, embaixador da Austrália Patrick Lawrence, presidente do TJCE, Gerardo de Pontes Brígido, presidente da Conseplan, Arnaldo Alves, diretor nacional do Sebrae, Bruno Quick, diretor regional do Bradesco, Romero Albuquerque, diretor de Governo e Agronegócios do BRB, Ronaldo Borges, e o diretor regional dos Correios, Antonio Tomás. “Quero ser otimista que o caminho é este. Como a União poderia apontar uma saída que ela não seguia antes? Isso será corrigido. Hoje posso dizer que a previdência tem futuro”, disse o ministro Garibaldi sobre os desafios da aposentadoria no Brasil.
A solenidade reservou espaço, ainda, para a entrega da Medalha do Mérito Consad de Gestão Pública ao ministro Paulo Bernardo e ao ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira. Outorgada, anualmente, a personalidades escolhidas pelo Conselho e votadas pelos membros da organização, a medalha reconhece a atuação profissional de gestão, de pesquisa ou política em defesa da gestão pública. O ministro Paulo Bernardo relembrou que foi membro do Consad por seis anos, salientou a proximidade da gestão pública com a política e fez referência à redução da nota de classificação do crédito dada pela Standards Poor’s ao Brasil. “Apesar do crescimento baixo, nós fechamos 2013 com a menor taxa de desemprego medida pelo índice usado desde 2001”, defendeu o ministro, acrescentando que a mesma instituição que rebaixou o Brasil deu nota máxima ao banco americano Lehman Brothers meses antes de sua bancarrota.