O governo de Brasília inaugurou na manhã desta terça-feira (25) um datacenter maior e mais eficiente. Trata-se de uma central que guarda máquinas e dados da rede corporativa com mais espaço físico e quase o dobro da capacidade de hospedagem de sistemas e serviços em comparação com a anterior.
A área física útil passou de 130 para 260 metros quadrados, e a capacidade de armazenamento alcança agora 2,5 petabytes (aproximadamente 2,5 quadrilhões de bytes) — antes, a capacidade era de 1,4 petabyte. A ideia é concentrar todo o processamento de dados do governo de Brasília nesse espaço.
“O novo datacenter vai trazer agilidade, segurança da informação e redução de custos para o Estado. Tivemos um prejuízo muito grande com esse tempo que Brasília perdeu para se modernizar”, disse o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, na solenidade de lançamento na manhã de hoje.
A Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação, da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, estima uma economia mensal de R$ 7 milhões, proporcionada pela centralização dos dados.
“Esse valor se refere a contratos de armazenamento de dados que demais secretarias mantinham. Com a migração para a Rede GDF Net, controlada e gerenciada pelo datacenter, elas deixam de pagar pelo serviço”, afirmou o subsecretário da pasta, Fernando Soares de Oliveira Melo.
O novo datacenter fica no primeiro andar do edifício da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) — próximo ao Palácio do Buriti. A ampliação física custou ao DF R$ 5,5 milhões, e o espaço virtual, R$ 6,7 milhões. O espaço suprirá as necessidades do governo por cinco anos, se bem utilizado.
Datacenter vai melhorar sistemas e websites corporativos do governo de Brasília
De acordo com a Secretaria de Planejamento, a expansão do datacenter — projeto estratégico da pasta e parte do acordo de resultados — vai melhorar o desempenho, a disponibilidade e a segurança dos mais de 150 sistemas e 148 websites corporativos nele hospedados.
“Esse novo datacenter vai impactar a prestação de serviços para a população de Brasília. Há cinco anos não havia investimento no centro de dados do governo”, afirmou a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos.
Alguns deles são essenciais para o funcionamento do governo de Brasília e para a população, como o Portal da Transparência, o Na Hora, o Portal do Voluntariado e o Sistema de Bilhetagem Eletrônica da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF).
Ainda segundo o Planejamento, a ampliação da central viabilizou a expansão da rede corporativa GDFNet, que interliga 470 unidades governamentais. A pasta calcula que mais de R$ 7 milhões já foram economizados com essa conexão.
Com esse incremento da central de dados, as Secretarias de Educação e de Saúde substituíram contratos terceirizados pela rede governamental GDFNet. Foram contemplados escolas, hospitais e unidades de pronto-atendimento (UPAs).
Central de dados funciona ininterruptamente
O datacenter é responsável por atender toda a administração direta e indireta. Funciona ininterruptamente, com monitoramento eletrônico e controle de acesso, geradores próprios de energia e subsistemas com redundância. Tudo isso para garantir a disponibilidade dos serviços e sistemas corporativos.
Desde 2009, com a publicação do Decreto nº 30.034, o datacenter reuniu os principais serviços que desempenham papel de servidor de aplicação ou de banco de dados de interesse do Executivo local.
O projeto de ampliação de uma central de dados do governo própria está em andamento desde 2011, mas só avançou nesta gestão. Isso permitiu que o ambiente corporativo hospedasse, com segurança e qualidade, mais sistemas e serviços do Estado.
Fonte: Guilherme Pera – Repórter da Agência Brasília