O Pará fechou o mês de janeiro de 2016 com crescimento de 3,3% no indicador que mede a produção industrial em 15 dos 26 Estados brasileiros
A indústria paraense apresentou o segundo melhor desempenho do país neste início de ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), publicada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará fechou o mês de janeiro com crescimento de 3,3% no indicador que mede a produção industrial em 15 dos 26 Estados brasileiros. O resultado foi menor apenas que o registrado em Santa Catarina (3,7%), sendo que seis de 15 Estados apresentaram recuo. Já os números nacionais apontaram variação de 0,4%.
Se comparado o mês de janeiro deste ano ao mesmo período do ano passado, a indústria paraense figura no topo do ranking nacional, com variação positiva na ordem de 10,5%. Na contramão, o mesmo indicador, computado nacionalmente, registrou queda de -13,8%. A pesquisa mostra ainda que, na taxa anualizada, que registra o acumulado dos últimos doze meses, o Pará registra expansão industrial de 4%, novamente a segunda posição, atrás apenas de Mato Grosso, que obteve 4,8% de crescimento. Os dois Estados registraram índices bem diferentes de outros Estados e da média nacional, que ficou em -9%.
No caso do acumulado dos últimos doze meses, além de Pará e Mato Grosso, apenas o Espírito Santo, com 0,6%, registrou índice positivo. Amazonas (-18,4%), São Paulo (-11,7%) e Rio Grande do Sul (-11,3%) lideraram os índices negativos. A estratificação destes números será divulgada em breve pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), a partir do informe da indústria referente ao mês de janeiro deste ano, lançado em parceria com a Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). O documento apresenta uma análise dos indicadores do setor industrial, permitindo maior embasamento na tomada de decisões, tanto de políticas públicas como de investidores externos.
Tendência – Segundo o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, os indicadores da indústria paraense este ano reforçam a estimativa da fundação de desempenho econômico positivo no Pará, mesmo diante de um cenário de crise atualmente vivenciado pelo país. “Se comparado aos demais Estados brasileiros, o Pará se encontra em um cenário diferenciado, sobretudo comparando indicadores como o PIB (Produto Interno Bruto) e a produção industrial. No caso do PIB, a expectativa para este ano é de crescimento de 0,08% no Pará, repetindo os números de 2015, quando o Pará foi o único Estado que não teve queda do PIB”, avalia.
Ele reforça que o crescimento de 3,3% foi impulsionado pela indústria extrativa, que evoluiu 15,3 % em relação ao janeiro de 2015. Ainda segundo Eduardo Costa, a indústria de transformação, apesar de registrar média negativa de 6,2% no mesmo período, teve os resultados confrontados com os apurados nos subsetores de fabricação de celulose, papel e produtos de papel e a metalurgia, que apresentaram resultados positivos, crescendo 192,4% e 2,6%, respectivamente.
“O resultado apresentado pela metalurgia é importante para a economia paraense, uma vez que foi acompanhado de uma evolução nas exportações de alumínio e alumina (29% e 15%, respectivamente) já revelando os efeitos frente ao esforço que o Governo do Pará vem fazendo junto ao setor produtivo para aumentar a produção, ampliar e abrir novos mercados e gerar empregos”, conclui.
Com informações de Helen Barata/Fundação Amazônica de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará